Brasil e Tailândia reforçam cooperação agropecuária com foco em sanidade e comércio de carnes

Missão da principal associação tailandesa de pecuária visita Brasília, Minas Gerais e Goiás para discutir sanidade animal, genética bovina e acesso a mercados.

Entre os dias 24 de abril e 3 de maio, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebeu a presidente da Associação Tailandesa de Criadores e Exportadores de Bovinos (TLEX), Nuanlaong Srichumpon, em visita oficial ao Brasil, com o objetivo de fortalecer a cooperação agropecuária entre os dois países. A agenda incluiu reuniões em Brasília e visitas técnicas em Minas Gerais e Goiás.

Em Brasília, representantes da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais (SCRI) e da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) apresentaram à delegação tailandesa as principais ações brasileiras na área sanitária, com destaque para o Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA), o sistema nacional de rastreabilidade de bovinos e a classificação sanitária de estabelecimentos habilitados à exportação.

Durante o encontro, foram discutidas estratégias para intensificar o diálogo entre as autoridades sanitárias dos dois países. Também houve reunião com representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), com foco na reabertura do mercado tailandês.

A delegação tailandesa participou ainda da 90ª edição da Exposição Internacional das Raças Zebuínas – ExpoZebu, em Uberaba (MG), considerada uma das maiores feiras de gado zebuíno do mundo, onde se reuniu com a Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e seus associados. As discussões incluíram inovação genética, reprodução animal e práticas sustentáveis aplicadas à pecuária tropical.

A programação foi concluída com visitas à unidade frigorífica da Minerva Foods, anteriormente habilitada para exportação à Tailândia e a uma fazenda modelo de cria e recria, com foco em melhoramento genético, nutrição e manejo sustentável.

A missão, planejada pela adida agrícola do Brasil na Tailândia, Ana Lamy, reforça o compromisso do Brasil e da Tailândia em ampliar a cooperação técnica e comercial no setor agropecuário, com ênfase em sanidade animal, genética e acesso a mercados.

Fonte: https://portaldbo.com.br/brasil-e-tailandia-reforcam-cooperacao-agropecuaria-com-foco-em-sanidade-e-comercio-de-carnes/ acesso em 12 de maio de 20225 às 13:28

CNPq aprova rede de pesquisa INCT-Gado de Corte

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia é um dos principais programas de fomento à pesquisa no Brasil
Com o intuito de promover o avanço no conhecimento e desenvolver soluções tecnológicas como respostas aos principais desafios para a produção de carne bovina no Brasil, foi idealizado o projeto Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT – Gado de Corte), recém-aprovado em edital do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

O INCT está sob coordenação do pesquisador Rodrigo da Costa Gomes, da Embrapa (Campo Grande, MS), e do professor Dalton Henrique Pereira, da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

“Espera-se ainda evoluir o processo de melhoramento genético animal e também as práticas de reprodução para promover a eficiência e resiliência dos rebanhos bovinos brasileiros frente aos desafios climáticos e ambientais impostos e, também, a estruturação de uma plataforma de inteligência baseada em ciência de dados e inteligência artificial, para suporte aos diferentes atores da cadeia da carne bovina”, afirma Rodrigo Gomes, líder da iniciativa que conta com um orçamento na casa dos R$ 13,5 milhões.

Para isso, a equipe estabeleceu 40 metas, com entregas que envolvem cultivares forrageiras, bioinsumos e sistemas de produção para intensificação sustentável e descarbonização, além de softwares, soluções para inspeção sanitária e tecnologias para a vigilância de doenças, visando à promoção da segurança sanitária da carne brasileira em padrões internacionais.

Gomes explica que o INCT será estruturado a partir de seis redes de PD&I que centrarão esforços nas frentes de pastagens, inteligência estratégica, saúde animal, melhoramento genético animal, reprodução animal e descarbonização.

“Três dessas redes são lideradas pela Embrapa Gado de Corte e outras três pelas Universidades Federais de Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, com representantes de 16 universidades, dois institutos de pesquisa e envolvimento de 131 profissionais, incluindo pesquisadores do país e do exterior. A aprovação do INCT – Gado de Corte é uma demonstração inequívoca da competência técnica, capacidade de articulação e de liderança da Empresa e parceiros”, completa Antonio Rosa, chefe-geral da Embrapa Gado de Corte.

Com comitê gestor formado por Ériklis Nogueira (Embrapa), Fábio Toral (UFMG), Flabio Araújo (Embrapa), Gelson Difante (UFMS), Gilberto Menezes (Embrapa), Guilherme Malafaia (Embrapa), Júlio Barcellos (UFRGS) e Mariana Aragão (Embrapa), a proposta terá a colaboração de especialistas das Universidades Federais do Espírito Santo, da Grande Dourados (UFGD), de Goiás (UFG), de Viçosa (UFV), dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), de Rondonópolis (UFR); e das Estaduais Paulista Júlio de Mesquita Filho (UNESP-SP), de Londrina (UEL), de Santa Catarina (UDESC), de Mato Grosso do Sul (UEMS) e das Faculdades de Zootecnia e Engenharia de Alimentos e de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

O Instituto de Pesquisa Instituto de Zootecnia do Governo do Estado de São Paulo (IZ), a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a University of Edinburgh (Escócia) e a Kansas State University (EUA) também participam das pesquisas durante os cinco anos de desenvolvimento do projeto.

Sobre os INCTs

A Chamada Pública nº 46/2024 para financiar novos INCTs foi aberta em outubro do ano passado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com CNPq, CAPES, Ministério da Saúde e fundações estaduais de pesquisa.

Além do CNPq e CAPES, o edital contou com recursos do Ministério da Saúde, FAPESP, FAPERJ, FAPEMIG e FAPES. Desde sua criação em 2008, o programa já financiou mais de 100 institutos, responsáveis por avanços em áreas como medicina, energia limpa e agricultura sustentável.

O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia é um dos principais programas de fomento à pesquisa no Brasil, criado para impulsionar a ciência de ponta e desenvolver tecnologias estratégicas para o país.

Funcionando como uma rede colaborativa, cada INCT reúne universidades, centros de pesquisa e empresas em torno de temas prioritários. A estrutura se baseia em consórcios de instituições distribuídos por todo o território nacional, integrando especialistas de diversas áreas em projetos multidisciplinares.

As redes são aprovadas por meio de editais competitivos e recebem financiamento por períodos de até 10 anos, permitindo o desenvolvimento de pesquisas de longo prazo, abrangendo áreas como biotecnologia, saúde, energia renovável, meio ambiente, tecnologias da informação, agricultura sustentável e materiais avançados.

Um dos diferenciais dos INCTs é seu triplo objetivo: produzir ciência de excelência (com publicações e patentes), formar recursos humanos altamente qualificados (por intermédio de programas de pós-graduação e pós-doutorado) e promover a transferência de tecnologia para o setor produtivo.

Essa abordagem integrada permite que os avanços científicos saiam dos laboratórios e cheguem à sociedade por meio de novos produtos, políticas públicas e soluções para desafios nacionais.

Fonte: https://portaldbo.com.br/cnpq-aprova-rede-de-pesquisa-inct-gado-de-corte/ acesso em 07.05.2025 às 16:02

Novo tratamento melhora a FIV bovina

Até a década de 1950, os cientistas estavam intrigados tentando entender por que seus experimentos com óvulos e espermatozoides perfeitamente saudáveis para desenvolver a fertilização in vitro (FIV) não estavam tendo sucesso.

Então, eles fizeram uma descoberta crucial — a capacitação espermática.

Maria Gracia Gervasi, professora assistente de ciência animal na Faculdade de Agricultura, Saúde e Recursos Naturais, é especialista em capacitação espermática e na aplicação de tecnologias reprodutivas assistidas, como a FIV, em roedores e bovinos. Ela faz parte de uma equipe que recentemente desenvolveu um novo método para capacitação espermática que torna a FIV bovina mais eficaz.

A capacitação espermática é um conjunto de processos que os espermatozoides dos mamíferos precisam passar dentro do sistema reprodutivo feminino antes de poderem fertilizar um óvulo.

Durante a capacitação, uma série de vias moleculares são ativadas, fazendo com que os espermatozoides se movam de maneira diferente, em um fenômeno conhecido como “motilidade hiperativa”. O espermatozoide precisa se mover dessa forma para conseguir penetrar o óvulo e fertilizá-lo. Além disso, ocorrem mudanças na cabeça do espermatozoide, expondo a parte responsável pela fusão com o óvulo durante a fertilização.

A descoberta da capacitação permitiu o desenvolvimento da tecnologia de FIV, revolucionando a reprodução humana e animal.

Gervasi faz parte de um grupo de pesquisadores que publicou suas descobertas na revista Theriogenology. Claudia E. Osycka-Salut, pesquisadora do Instituto de Investigações Biotecnológicas (IIBio-UNSAM-CONICET), em Buenos Aires, é a primeira autora do estudo.

No laboratório anterior de Gervasi, uma pesquisa mostrou que o uso de um ionóforo de cálcio – um tipo de substância química que se liga e ajuda a transportar íons – melhorou a capacitação espermática em camundongos. Isso a levou a questionar se o mesmo efeito poderia ser observado em bovinos.

Quando os espermatozoides bovinos são capacitados em laboratório, os cientistas os colocam em um meio contendo cálcio, bicarbonato, uma proteína chamada albumina sérica bovina e heparina.

“Todos esses componentes são necessários para a capacitação espermática em bovinos e para a FIV”, afirma Gervasi.

Quando Gervasi e sua equipe introduziram o ionóforo de cálcio, os níveis de cálcio no meio aumentaram, fazendo com que os espermatozoides parassem de se mover. No entanto, quando os pesquisadores removeram o cálcio do meio, os espermatozoides retomaram o movimento com motilidade hiperativa – um sinal de que haviam sido capacitados.

Neste estudo, os pesquisadores descobriram que o ionóforo obteve resultados semelhantes aos dos procedimentos tradicionais de FIV sem o uso de heparina.

No entanto, quando testaram o ionóforo combinado com heparina, houve melhorias significativas nas taxas de fertilização e no desenvolvimento embrionário.

A taxa de fertilização dos espermatozoides tratados com ionóforo foi de 83%, em comparação com 70% no grupo não tratado. Já a taxa de óvulos fertilizados que se desenvolveram em embriões aumentou de 11% para 27%.

“A única diferença foi adicionar esse pequeno tratamento espermático antes de utilizá-lo na FIV”, explica Gervasi.

Essa abordagem pode ter um impacto significativo na indústria bovina nos Estados Unidos e globalmente, uma vez que a FIV é um método cada vez mais popular para a reprodução de gado. Isso ocorre porque é muito mais fácil coletar e transportar sêmen de um touro com características desejáveis para introduzir em um rebanho do que mover o próprio animal.

“A aplicação do nosso tratamento para produção in vitro, melhorando a capacitação e a fertilização, pode ter um grande impacto na indústria, pois poderíamos dobrar o número de embriões”, afirma Gervasi. “É uma grande melhoria.”

Esse tratamento também pode melhorar as taxas de fertilização e desenvolvimento embrionário para sêmen criopreservado que já tenha passado pelo processo de sexagem. Esse processo pode danificar os espermatozoides, reduzindo as taxas de fertilização.

“Poder testar nosso tratamento com esses espermatozoides também seria altamente aplicável ao que a indústria utiliza atualmente”, diz Gervasi.

Gervasi pretende dar continuidade ao estudo para verificar se os embriões produzidos a partir de espermatozoides tratados com ionóforo mantêm maior taxa de sucesso após serem implantados em um animal.

Atualmente, ela está trabalhando em um tratamento espermático separado que poderia ser combinado com o tratamento com ionóforo para potencializar ainda mais as melhorias demonstradas neste estudo. Além disso, ela tem interesse em analisar a qualidade genética dos embriões produzidos com esses tratamentos.

“Meu laboratório na UConn está focado em entender como os espermatozoides e os tratamentos aplicados durante a capacitação podem influenciar não apenas a fertilização, mas também os eventos pós-fertilização, como o desenvolvimento embrionário”, diz Gervasi. “Então, certamente focarei bastante na qualidade dos embriões e no que o espermatozoide está trazendo para eles.”

Fonte: University of Connecticut, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint, acesso ao site https://beefpoint.com.br/novo-tratamento-melhora-a-fiv-bovina/ em 07.05.2025 às 15:45h

China dificulta compras de carne do Brasil, reforçando pressão de baixa do boi gordo

Pela terceira semana consecutiva, as negociações entre os frigoríficos brasileiros e os importadores chineses de carne bovina continuaram lentas, relata a Agrifatto

Pela terceira semana consecutiva, as negociações entre os frigoríficos brasileiros e os importadores chineses de carne bovina continuaram lentas, relata a Agrifatto.

Tal conjuntura, diz a consultoria, reflete um conjunto de fatores, tais como, a menor necessidade e intenção de compra por parte dos importadores asiáticos e uma maior quantidade no volume interno da proteína oferecida pelos produtores chineses.

Como não há negociações concretas, observa a Agrifatto, no início desta semana, o dianteiro bovino exportado pela indústria brasileira à China permaneceu com a referência em US$ 5.500/tonelada, mas os valores ofertados pelos importadores chineses pela carne beiravam na casa dos US$ 5.000/tonelada.

Segundo a equipe de analistas da Agrifatto, esse movimento dos chineses em forçar uma pressão baixista (ainda sem efetividade) nos preços da commodity brasileira tem causado apreensão no mercado.

Tal incômodo, diz a consultoria, é utilizado pelos frigoríficos brasileiros como justificativa para baixar o preço do boi gordo negociado pelos pecuaristas brasileiros.

Mercado físico
Datas3/12Variação diáriaVariação semanal
Boi gordoR$ 366,40-4,38%3,90%
BezerroR$ 2.697,73-0,11%0,46%
Carcaça casadaR$ 23,38-0,10%-1,04%
Frango resfriadoR$ 8,01-0,06%-0,06%
Fonte: Agrifatto/Cepea
Indicador Agrifatto do boi gordo (3/12/2024)R$/@, à vista
Média Brasileira316,08
SP334,86
MS326,85
GO327,9
MT319,83
MG330,96
RO285,86
PA291,65
PR327,50
TO299,35
Indicador CEPEA/SP336,40
Referência de preços no balcão da indústria, para descontar FunruralFonte: Agrifatto/Cepea

Fonte: https://portaldbo.com.br/china-dificulta-compras-de-carne-do-brasil-reforcando-pressao-de-baixa-do-boi-gordo/ acessado em 05/12/2024 às 21:00

Lula sanciona lei que regula clonagem e material genético animal

A lei foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada pelo presidente da República e pelos ministros Carlos Fávaro e Fernando Haddad

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou, nesta quarta-feira (13) a Lei Nº 15.021/2024, que dispõe sobre o controle de material genético animal e sobre a obtenção e o fornecimento de clones de animais domésticos destinados à produção de animais domésticos de interesse zootécnico. A lei entra em vigor após 90 dias a partir da data da publicação no Diário Oficial da União.

Em um marco significativo para a zootecnia brasileira, a sanção presidencial da lei, oriunda do Projeto de Lei Nº 5.010/2013, regula o controle e a fiscalização da produção, manipulação, importação, exportação e comercialização de material genético animal e clones de animais domésticos de interesse zootécnico, como bovinos, caprinos e aves.

A nova legislação define termos essenciais como clonagem e material genético, e estabelece que a fiscalização será realizada pelo Poder Público federal, abrangendo aspectos higiênico-sanitários, de segurança e de desempenho produtivo em diversos locais, incluindo laboratórios e portos.

A medida determina que apenas fornecedores registrados no órgão competente do Poder Público federal podem desenvolver atividades relacionadas ao material genético animal e clones de animais domésticos de interesse zootécnico, com controle oficial dos animais doadores. A supervisão e a emissão de certificados serão de responsabilidade dos serviços veterinários oficiais.

Além disso, a lei dispõe que os fornecedores serão responsabilizados por danos causados e devem garantir a qualidade e a identidade do material genético. A circulação e a manutenção de material genético devem ser documentadas, com informações centralizadas em um banco de dados público.

A nova legislação considera infração qualquer ação ou omissão que viole suas normas, aplicando penalidades que variam de advertência a multa, apreensão, suspensão, interdição, destruição de material genético, cancelamento de registro e esterilização de clones.

As penalidades serão determinadas pela gravidade do dano e risco à sanidade animal, saúde pública e meio ambiente. A produção e liberação de clones de animais silvestres nativos do Brasil requerem autorização prévia do órgão ambiental competente.

Cabe ainda ao Poder Público federal definir os critérios e os valores da multa, que podem variar de R$ 1.500 até R$ 1,5 milhão, e aplicá-la, proporcionalmente, à gravidade da infração.

Vetos

Após ouvir pastas ministeriais competentes e envolvidas na temática, o presidente Lula decidiu vetar, por inconstitucionalidade, o art. 14, § 1º, VIII, para evitar conflitos com a Constituição Federal e garantir segurança jurídica, pois o dispositivo prevê a perda de incentivos fiscais sem especificar quais seriam afetados, o que fere a exigência de lei específica para benefícios fiscais e a definição legal de tributo.

Com a sanção presidencial, espera-se que a nova lei traga maior segurança jurídica e eficiência na aplicação das normas, promovendo avanços significativos na área de clonagem e manipulação de material genético animal no Brasil.

Fonte: https://portaldbo.com.br/lula-sanciona-lei-que-regula-clonagem-e-material-genetico-animal/ acessi em 05/12/2024 às 20:55

Publicadas novas DEPs de eficiência alimentar para touros Angus

A Associação Brasileira de Angus, a Embrapa Pecuária Sul, a Associação Nacional de Criadores Herd-Book Collares (ANC) e a BioData Ciência de Dados anunciam novos resultados de DEPs (Diferença Esperada da Progênie) para eficiência alimentar da raça Angus.

Foram incorporados à base de dados informações sobre 538 animais com fenótipos obtidos nas Provas de Eficiência Alimentar (PEA), dos quais 428 com genotipagem. A última atualização contou com informações da última PEA, realizada no ano de 2024, através de parceria entre a Angus e a Embrapa.

“Identificar animais que ganham peso de forma mais rápida ou que atingem o peso desejado com menor consumo de alimentos possibilita que os pecuaristas otimizem a produção, reduzindo custos e o impacto ambiental”, explica o chefe-geral e pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Fernando Cardoso.

A PEA (Prova de Eficiência Alimentar) é uma metodologia de avaliação genética de bovinos de corte realizada em ambiente de confinamento. Durante 45 dias, os animais são submetidos a alimentadores eletrônicos para medir o consumo individual de alimentos.

Os principais parâmetros avaliados são o Consumo Alimentar Residual (CAR) e o Ganho de Peso Residual (GPR), sendo considerados mais eficientes os touros com CAR negativo e GPR positivo.

Acrescida à PEA, vem a seleção genômica, que consiste na coleta de material biológico dos animais que participaram da prova para genotipagem. Os resultados, os marcadores SNPs, foram incorporados à avaliação, contribuindo para o aumento da população de referência (animais com fenótipo e genótipo) para característica de eficiência alimentar.

“Esse é mais um ano de pesquisas e queremos expandir ainda mais nossa população de referência da raça, garantindo que tenhamos dados abrangentes e com alta acurácia para impulsionar o melhoramento genético”, acrescenta Mateus Pivato, gerente de fomento da Angus

A superintendente de Registro da ANC, Silvia Freitas, comenta que este é mais um resultado que as ferramentas de tecnologia, através destas parcerias, consegue entregar para o pecuarista.

“É mais uma maneira que o criador tem de selecionar animais melhoradores. Neste caso estamos falando muito em economia também, porque são animais mais eficientes, ou seja, consomem menos e conseguem produzir mais, então isto vem diretamente relacionado à lucratividade das propriedades. Através da parceria dos nossos criadores, que acreditam na pesquisa e entregam os seus animais para essas provas, é que a gente obtém agora mais um resultado lançado pelo Promebo com esta parceria”, destaca, acrescentando que, ao lado desta novidade, existem inúmeras outras ações no qual a entidade conta com os criadores parceiros para lançar em 2025.

A lista com os touros jovens nascidos, contabilizando um total de 428 reprodutores com fenótipo coletado nas provas de eficiência alimentar e genotipados, além da lista de 45 touros pais genotipados com 2 ou mais filhos avaliados, está no sistema da Herd-Book Collares, que pode ser acessado AQUI.

Fonte: https://portaldbo.com.br/publicadas-novas-deps-de-eficiencia-alimentar-para-touros-angus/ acessado em 05/12/2024 às 15:05